Em debate o papel da viola caipira na formação da identidade cultural brasileira
O objetivo foi identificar e analisar questões relacionadas à viola, nos seus aspectos culturais, antropológicos, sociais e políticos. foi abordada também a história da viola e o seu processo de transformação no contexto da cultura brasileira.
O destaque foram as apresentações dos mestres violeiros. Outras atrações foram os debates, mostras de vídeos, exposições temáticas. O encerramento, no teatro Sesiminas, teve a participação dos principais violeiros do país.
Pela primeira vez no Brasil realizou-se um encontro que reuniu segmentos importantes da cultura popular, dentre eles, mestres de viola caipira e violeiros, estudiosos e pesquisadores acadêmicos, produtores e agentes, e representantes de setores governamentais em torno no universo da viola caipira.
Um dos destaques do Seminário foi a presença de mestres violeiros, legítimos representantes da cultura de suas comunidades. Quatro importantes mestres da cultura popular enriqueceram o encontro com suas experiências e histórias de vida; Manelin de Oliveira, Leonildo Pereira, Badia Medeiros e Oliveira de Panelas.
A viola nordestina foi representada pelo violeiro, cantador e repentista, mestre Oliveira de Panelas. Para representar a região sul foi convidado mestre Leonildo Pereira e grupo de viola Fandangueira. No trabalho deste grupo a viola caipira é instrumento fundamental desta manifestação popular.
Já a região sudeste foi representada por Manelim de Oliveira, violeiro da região de Urucuia em Minas Gerais, no Vale do Rio São Francisco. Outro nome de respeito presente ao encontro é Badia Medeiros tocador artesão de viola caipira e mestre na dança do batuque de viola.
Integração e diálogo Uma das preocupações do seminário foi promover a aproximação e o diálogo entre os representantes da cultura popular e do meio acadêmico. Estiveram presentes Roberto Corrêa (músico e pesquisador da Universidade Federal de Brasília); Diósnio Machado Neto (Musicólogo da USP); Elias Copkcak (professor da Unicamp e DFV); e reconhecidos nomes como: Gisela Nogueira (Musicóloga, pesquisadora e professora da UNESP); Carlos Felipe (pesquisador e membro da Comissão Mineira de Folclore) e Myriam Taubkin (Pesquisadora e produtora).
O evento reuniu nos dias 25, 26 e 27 de abril de 2008 em BeloHorizonte MG, entre outros: Abel Santos, Adelmo Arcoverde, Roberto Correa, Zé Mulato & Cassiano, Pena Branca, Fernando Deghi, Miltinho Edilberto, Paulo Freire, Levi Ramiro, Rogério Gulin e Chico Lobo. O concerto na noite de encerramento, foi no Teatro do Sesiminas. Outro objetivo do seminário foi identificar e debater as questões fundamentais relacionadas à viola, enfatizando seus aspectos culturais, antropológicos, sociais e políticos. O encontro teve a duração de três dias e foram debatidos os seguintes temas:
l- A Viola na Musicalidade do Brasil Colônia;
II- A Viola e Suas Manifestações na Cultura Popular;
III- Novos Rumos da Viola;
IV- A Música Caipira;
V- Metodologia de Ensino da Viola - Experiências educacionais, métodos de ensino, registro e documentação;
VI- Orquestras de Viola - Ação Social;
VII- Difusão da Viola - Realização de eventos de viola (encontros, festivais, feiras) e apropriação e uso dos termos caipira e sertanejo;
VIII- Políticas Públicas para a Música de Viola e suas Tradições - Ações públicas segmentadas. Paralelamente, haverá exposições, mostra de vídeos, apresentações artísticas e culturais.
Ipê branco em primeiro plano, é muito discreto. Em segundo plano, o ipê amarelo.
